sábado, 15 de dezembro de 2012

O que Fazer é o que nós Somos














Nós não temos de descobrir o que fazer - o que fazer é o que nós somos. 
Nós somos o futuro, agora. Já somos perfeitamente íntegros, lúcidos, poderosos.
Somos o amor, e o conhecimento desse fato nos liberta. Nessa liberdade, agimos
com sabedoria.
       Ser um ser humano significa afogar-se no conhecimento do silêncio e despertar
na liberdade.
       Rumi, que conhecia essa liberdade declarou: "Deus me revelou que não existem
regras para a sua adoração. Diga tudo o que seu amor lhe inspirar. Através de você,
um mundo inteiro se liberta. Tire as tramelas da língua. Não se preocupe com o que 
dela sair. Tudo é a luz do espírito".
        As formas assumidas pelo amor constituem o contexto mais perfeito para a vida
do seu humano. Temos de ser livres para declarar a verdade do conhecimento silencioso
em todas as nossas ações, afirmando assim o nosso verdadeiro valor, significado e importância.
         Por que é tão fácil esquecer essa beleza silenciosa? Essa beleza é o sopro que nos mantém
vivos. Todas as nossas capacidades, todas as nossas palavras, todas as nossas ações, devem
provir desse saber.
         Não podemos ter medo da meditação profunda. Não devemos ter medo de a nossa alma
se libertar dos grilhões dos nossos cuidados. Quem nos reprovará por identificarmo-nos com a
luz dessa consciência universal? Ninguém, porque todos não querem senão nascer para essa luz.
         Mas esse saber é silencioso. Esse saber é um mistério que se nos revela quando dele nos
imbuímos e nele nos afogamos. Meditar profundamente é trazer para dentro do nosso corpo,
através do silêncio, todo o oceano da vida. Essa absorção é o máximo da certeza; não há
certeza maior do que ela. O ser humano não precisa de nada, exceto amar esse conhecimento
silencioso. Deixe que a poesia silenciosa desse conhecimento tome conta da sua mente, suas
mãos e sua língua. Nosso coração oculto morre de saudade dessa poesia. Volte-se sempre
para ela.
-Extraído de Liderança Invisível, de R. Rabbin.