sábado, 20 de abril de 2013

A frequência na qual vibra um ser.


FREQUÊNCIA VIBRATÓRIA

"Descobrimos que a frequência na qual um Ser vibra está diretamente relacionada ao controle que ele tem sobre seus pensamentos, palavras e emoções.
Quando um Ser vibra numa frequência mais baixa, permite a muitas outras formas de energia se misturarem e se fundirem com seu reservatório de energia e seus ciclos.
Quando isso acontece, os pensamentos têm a tendência de ficar confusos, o que leva o Ser a sentir frustração. Nesse estado de Ser, aquele que está operando nesta frequência pode ficar muito desanimado e deprimido, o que, por sua vez, tem a tendência de manter o nível vibratório num plano permanentemente baixo.

Quando a pessoa eleva a própria frequência vibratória até a frequência da velocidade da luz, ela começa aí o processo de domínio. Isso significa que o Ser agora tem acesso a mais informações da Consciência Universal... que o Ser pode ditar o que vai ou não passar pelo filtro. Nesse processo de transformação, o Ser passa a ficar centrado e as configurações energéticas são mais ordenadas, holísticas e harmônicas.

Quando estamos centrados, temos acesso ao código universal e, quando entramos em contato com essa frequência, compreendemos também as estruturas
energéticas dos outros. Porque, repito, somos todos um só.

Na Unidade dessa existência, temos condições de transmitir e receber mensagens; e, o que é mais importante, podemos nos transformar no remetente e no destinatário de mensagens, com uma compreensão perfeita."
Fonte:
Dra. Norma Milanovich, em "We, the Arcturians".

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Aspectos ocultos da alimentação.

ALIMENTAÇÃO E MAGNETISMO

As orientações que se seguem são dedicadas aos que se dispõem a colaborar na criação de novos estados e de condições propícias para a expressão do magnetismo do seu ser interno.

O ato de alimentar-se deve, a certa altura da evolução dessas pessoas, transformar-se em verdadeiro cerimonial. Isso ocorre naturalmente quando elas se tornam conscientes dos aspectos ocultos da alimentação e do seu auxilio na formação e sutilização dos corpos.

Pela digestão, as substancias não passam só pelo processo fisiológico de quebra de suas cadeias químicas materiais, mas também liberam suas qualidades sutis. O reconhecimento desse processo misterioso de desmaterialização e de liberação progressiva das energias aprisionadas nas substancias pode ajudar-nos a lidar de melhor modo com a escolha e elaboração diária dos alimentos, bem como assumir uma postura reverente durante as refeições.

Antes de tudo, a alimentação deve servir de apoio a busca interior. A partir desse propósito puro, passa-se a valorizar o aspecto essencial dos alimentos. Os corpos passam a suprir-se mais de energia sutil do que propriamente de elementos densos.
Os alimentos são usados tendo-se em vista necessidades biológicas e necessidades evolutivas e não o prazer em si mesmo. Cultiva-se o espírito antes da matéria.

ALIMENTO VIVO

Para facilitar a expressão do magnetismo superior do ser, devemos seguir, em toda a vida prática, os ritmos da natureza e cultivar harmonia para com seus reinos. O alimento que a natureza produz é vivo, pois está inserido em um grande universo de forças e de energias criadoras.
Ao ser colhido, inicia-se um lento processo de perda de vitalidade, pois ele se desliga de seu âmbito natural criador. Devemos, então, procurar as formas mais adequadas de lidar com os alimentos, para que se mantenham o mais plenos de vida possível até serem consumidos.
Nossa atitude amorosa ao manipulá-los e elaborá-los, nossa gratidão e reverencia para com o universo, a alegria em aceitá-los, tudo nisso influencia positivamente na manutenção de suas qualidades energéticas e nutritivas e pode potencializá-las. Devemos ter presente também que a salivação é decisiva na liberação das qualidades essenciais dos alimentos e em toda digestão, e é influenciada diretamente pelo nosso estado de consciência.

LEMBRETES PARA QUEM BUSCA NOVAS FORMAS DE ALIMENTAÇÃO

Os alimentos devem ser usados com moderação, ponderação e discernimento, procurando-se descobrir as combinações mais benéficas para cada momento. De preferência devem ser ingeridos no estado natural, e sem muitas misturas. Mas saiba-se que condimentos, bem empregados, ajudam a digestão. É bom não nos abstermos de produtos de forma irrefletida.

Também é bom lembrar que, quando fazemos muitas refeições ou quando comemos em excesso, provocamos lentidão nos processos mentais e nas atividades diárias, alem do desperdício de alimento.
Aqueles que preparam alimentos devem cultivar o espírito de oferta: usar tudo o que estiver disponível, desde que não seja nocivo ao corpo, à mente ou à alma; agir com flexibilidade e adaptabilidade, sem confirmar vícios ou fazer concessões a hábitos, mesmo aos mais arraigados. Já devem ter transcendido a gula.
A higiene deve estar neles incorporada, bem como a ordem externa, o amor ao silencio e elevado grau de controle da palavra e das emoções. Os que têm a intenção de comer corretamente devem usar produtos que aumentem a força vital, a força mental e a saúde, alimentos suculentos, frescos e agradáveis.
Devem evitar os excessivamente amargos, azedos, salgados, doces, apimentados, pungentes, ácidos ou picantes. Se os encontrar à mesa, é melhor não servir-se deles ou, pelo menos, faze-lo com parcimônia. Que não reclamem do alimento disponível e aprendam a sugerir melhorias pacificamente e de forma construtiva.
Recomenda-se, ainda rejeitar alimentos que não sejam frescos, alimentos fermentados, estragados ou impuros. Não se devem usar restos dos outros. Que se evitem produtos animais, excetuando-se o mel. Tudo isso é da maior importância para a irradiação magnética superior.
COMO EFETUAR MUDANÇAS COM HARMONIA

No caminho ascendente, jamais se pode interferir no modo de se alimentar dos demais, nem querer impor o seu. O mais salutar é agir sem dogmatismo, respeitando a própria necessidade e a dos outros.
Na escolha da alimentação mais adequada para nós a prudência é sempre necessária, porém nunca devemos deixar de seguir um novo impulso evolutivo, nem nos acomodar ao que já não nos corresponde.

Para que o novo impulso possa emergir com força e clareza, para que possa desenvolver-se sem dificuldades, é bom assumir por etapas qualquer proposta de mudança na alimentação. As mudanças na consciência são muito mais rápidas do que as dos corpos!
Uma nova alimentação deve ir emergindo naturalmente para que sua própria força e energia vá eliminando o que nos impõem os hábitos, condicionamentos e vícios do passado. Se os pensamentos, sentimentos e ações não forem puros e neutros, isentos de tendências e envolvimentos emocionais, os impulsos evolutivos que recebemos se frustram.
Assim, a todo momento podemos exercitar-nos para aceitar de forma imparcial esses impulsos, mantendo-nos amoldáveis, gratos e reverentes por tudo o que a providencia Divina nos traz. Sejamos neutros e impessoais, de forma a ter clareza suficiente para perceber e absorver o que nos prepara para etapas vindouras.
Nesse continuo avanço, lembremo-nos de que nada do que eliminamos da nossa alimentação deveria ser encarado por nós como sem serventia, pois outras pessoas, em diferentes situações, podem necessitar do que eventualmente já não nos corresponde. Assim também evitamos que entrem em conflito por não estarem talvez preparadas para assumir certas mudanças.
Tudo isso, porém, deve ser feito sem que ninguém deixe de avançar! Lembremo-nos sempre de que o real propósito dos cuidados com alimentação é o refinamento continuo dos corpos, para que energias magnéticas mais puras impregnem toda a vida externa do ser.
Esses cuidados propiciam verdadeiros processos de cura interior. Que a alimentação se torne, pois, ato sagrado em nossa vida, e que humildemente consigamos, também por meio dela, expressar as melhores aspirações do nosso eu maior.
 
Dr. José Maria Campos (Clemente)

 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O poder de um Mantra.


OM MANI PADME HUM
ॐ मणि पद्मे हूँ

Esta maravilhosa invocação significa: "Saúdo a Joia do Lótus". Algumas Divindades e Seres Ascendidos são visualizados e representados com uma flor de Lótus. Assim também nossa Amada Kuan Yin pode ser vista sentada sobre uma destas flores. Este mantra está gravado em muitas orações, em elementos ornamentais (anéis, pulseiras, medalhões, etc.), assim como em pedras de muitos templos. É uma poderosa corrente de energia espiritual, da qual você pode se conectar através deste mantra, falado oral ou mentalmente em atitude de meditação.

OM-MANI-PADME-HUM que significa "A joia do Lótus" .

Om mani padme hum é possivelmente o mantra mais famoso do Budismo; o mantra de seis sílabas do bodhisattva da compaixão: Avalokiteshvara Kwan Yin.

De origem indiana, de lá foi para o Tibete. É o mantra mais entoado pelos budistas tibetanos.


Om fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses. O sofrimento do reino dos deuses surge da previsão da própria queda do reino dos deuses [isto é, de morrerem e renascerem em reinos inferiores]. Este sofrimento vem do orgulho.


Ma fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses guerreiros (sânscr. asuras). O sofrimento dos asuras é a briga constante. Este sofrimento vem da inveja.


Ni fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino humano. O sofrimento dos humanos é o nascimento, a doença, a velhice e a morte. Este sofrimento vem do desejo.


Pad fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino animal. O sofrimento dos animais é o da estupidez, da rapina de um sobre o outro, de ser morto pelos homens para obterem carne, peles etc., e de ser morto pelas feras por dever. Este sofrimento vem da ignorância.


Me fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos fantasmas famintos (sânscr. pretas). O sofrimento dos fantasmas famintos é o da fome e o da sede. Este sofrimento vem da ganância.


Hum fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino do inferno. O sofrimento dos infernos é o calor e o frio. Este sofrimento vem da raiva ou ódio.
Tradução: Recebemos a Joia da consciência no coração do Lótus. (O Lótus é o chakra).

Significa - Recebemos a joia da consciência divina, no centro do nosso chakra da coroa.

Avalokitesvara Kwan Yin alcançou tão elevado grau de espiritualidade, como se tivesse subido a mais alta montanha. Destas alturas, estava para partir à planos ainda mais elevados, e distantes da terra, quando ouviu um gemido que vinha do inconsciente coletivo da humanidade.

O lamento por sua partida. Seu coração encheu-se de compaixão e Avalokitesvara prometeu ficar neste planeta trabalhando e servindo para evolução da humanidade. Este juramento bodhisattva, é feito por todos os Mestres que servem a Luz da Grande Fraternidade Branca. Eles deixam de seguir as sua evolução em planos superiores, para servir a Luz de seus irmãos ainda encarnados. Ao recitarmos o Mani Mantra, estamos penetrando a mesma roda metafísica que os Mestres Ascensos e não Ascensos da Grande Fraternidade Branca que estão constantemente empurrando - a Roda da Evolução Espiritual da humanidade.

Este mantra tem sua origem na Índia e de lá foi para o Tibet. Os tibetanos não conseguiram entoá-lo da mesma forma, mudando sua pronuncia para: OM MANI PEME HUNG este é o mantra mais utilizado pelos budistas tibetanos. Qualquer pessoa pode entoá-lo. Estando feliz ou triste, ao entoar o "Mani Mantra", uma espontânea devoção surgirá em nossa mente e o grande caminho será fortemente realizado.

O mantra OM MANI PADME HUM, é fácil de pronunciar e poderoso pois contém a essência de todo o ensinamento. Muito tem sido escrito sobre este mantra e é impressionante que apenas seis silabas possam atrair tanto comentário importante. De acordo com Dalai Lama, o propósito de recitar este mantra é transformar o corpo impuro de suas palavras e mente, no puro e louvado corpo, palavra e mente de um Buda. O som de cada silaba é visto como tendo uma forma paralela espiritual. Fazer o som de cada silaba portanto, é alinhar a si mesmo com aquela qualidade espiritual particular e para se identificar com isto.

Existe também um grande numero de outros beneficio que resultam da repetição deste mantra, incluindo a produção do mérito e destruição do carma negativo.

OM - A primeira silaba, recitá-la o abençoa para atingir a perfeição na pratica da generosidade.
MA - Ajuda a aperfeiçoar a pratica da ética pura.
NI - Ajuda a atingir a perfeição na pratica da tolerância e paciência.
PAD - Ajuda a conquistar a perfeição na pratica da perseverança.
ME - Ajuda a conquistar a perfeição na pratica da concentração.
HUM - Ajuda na conquista da perfeição na pratica da sabedoria.

A senda das seis perfeições é a senda de todos os budas. Cada uma das seis silabas elimina um dos venenos da consciência humana.

OM - Dissolve o orgulho
MA - Liberta do ciúme e da luxuria.
NI - Consome a paixão e os desejos
PAD - Elimina a estupidez e danos.
ME - Liberta da pobreza e possessividade.
HUM - Consome a agressão e o ódio.

Os mantras são frequentemente, os nomes dos budas, bodhisattvas ou mestres e que o compuseram. Os mantras são investidos com um infalível poder de ação, de forma que a repetição do nome da deidade, transmite as qualidades de sua mente. O nome é idêntico a deidade ou essência da deidade que o compôs e com ele presenteia a humanidade dando a seus irmãos a essência de tudo aquilo que ele atingiu em muitas vidas de esforço e sagrado oficio. Dando o glorioso resultado de seu momentum de sabedoria.

Ao recitar este mantra, o meditante também pode conseguir as qualidades do Chenrezig, o bodhisattva da compaixão, conhecido na tradição Mahayana como Avalokitesvara. O mantra OM MANI PADME HUM, chamado de mani mantra, levanta algumas traduções misteriosas. Diz a tradição que este mantra significa o nome Chenrezig. Contudo, Chenrezig não tem nome, mas ele é designado por nomes. Estes nomes são a taça para a compaixão a benção e a força que ele derrama. Portanto este é apenas um dos nomes de Chenrezig, MANI PADME, colocado entre as duas silabas sagradas OM e HUM.

Chenrezig, Avalokitesvara e Kwan Yin são os nomes do mesmo Buda da compaixão.

OM - Representa o corpo de todos os budas, também o começo de todos os mantras.
MANI - Joia em sânscrito
PADME - Lótus ou chakra
HUM - A mente de todos os budas e frequentemente finalizam os mantras.
MANI - Refere-se a Joia que Chenrezig segura no centro de suas duas mãos.
PADME - Refere-se ao lótus que ele segura na sua segunda mão esquerda.

Dizendo MANI PADME estamos nominando Chenrezig através de seus atributos: "Aquele que segura a Joia e o Lótus". Chenrezig ou Joia do Lótus são dois nomes para a mesma deidade. Quando recitamos este mantra, estamos na verdade repetindo o nome de Chenrezig. Este mantra é investido com a benção e o poder da mente de Chenrezig, sendo que ele mesmo reúne a benção e a compaixão de todos os budas e bodhisattvas. Desta forma o mantra é imbuído com a capacidade de purificar nossa mente de sua obscuridade. O mantra abre a mente para o amor e compaixão e a conduz ao despertar.

Sendo a deidade e o mantra um em essência, significa que é possível recitar o mantra sem necessariamente trabalhar a visualização. A recitação permanece efetiva.

Fonte:http://www.curaeascensao.com.br/

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Magnetismo

Foi a partir da província de Magnésia, na Grécia clássica, que o mundo ocidental começou a falar de fenômenos magnéticos - e desde então não parou mais. Ali, 600 anos antes da era cristã, as pessoas perceberam que certas pedras tinham a misteriosa propriedade de atrair metais. Batizadas de magnetitas, as pedras magnéticas transformaram-se em atração em todo o mundo antigo. Certos sábios consideravam que elas tinham poderes curativos e efeitos milagrosos.
É claro que, desde então, o conceito de magnetismo mudou radicalmente. Já não se trata apenas de um efeito de atração limitado, produzido por pedras feitas de óxidos de ferro e que constituem ímãs naturais. Sabe-se hoje que o magnetismo é um fenômeno literalmente onipresente: está atuante no espaço diminuto de cada átomo do universo, mas rege ao mesmo tempo o funcionamento de vastas galáxias. No mundo especificamente humano, há um magnetismo sutil que influencia as emoções e os pensamentos, e tem relação direta até com as nossas motivações mais secretas.
Sem dúvida, é magnética a força dos elétrons que giram em torno do núcleo de cada átomo. Além disso, toda luz é uma onda eletromagnética, e isso significa que, se não houvesse magnetismo, os sóis e estrelas da nossa galáxia se apagariam. A própria Terra é um grande circuito magnético e faz parte de conexões magnéticas ainda maiores. Em nosso planeta, animais como as pombas, as lagostas e as tartarugas marinhas têm a habilidade de entrar em contato com o campo magnético terrestre e de orientar-se por esse meio em suas longas viagens. Helena Blavatsky escreveu no século 19:
“A Terra é um corpo magnético. De fato, muitos cientistas constataram que ela é um enorme ímã, como Paracelso afirmou há cerca de 300 anos. A Terra está carregada com uma espécie de eletricidade - chamemo-la positiva - que ela produz continuamente por uma ação espontânea em seu interior ou centro de movimento. Os corpos humanos, assim como todas as outras formas de matéria, estão carregados com a forma oposta de eletricidade - negativa.”[1]
Naturalmente, o magnetismo vai muito além do plano físico. A realidade tem níveis variados de sutileza e densidade, e há vários tipos de magnetismo para cada um deles. Existe um magnetismo vital, por exemplo, e quando ele está concentrado e harmonizado temos boa saúde, mas quando o desperdiçamos ficamos vulneráveis.
Há um magnetismo emocional, e por isso certas pessoas exercem atração tão poderosa sobre outras. Há um magnetismo mental, e nesse plano as pessoas são inspiradas por idéias, ou lançam pensamentos cujo poder magnético atrai milhões.
O magnetismo próprio do plano espiritual é o mais sutil e, também, o mais durável. Armados apenas com a energia impessoal do seu ensinamento elevado, os grandes sábios e pensadores da história da humanidade têm sido capazes de imantar e magnetizar corações e mentes durante milênios, colocando-os no caminho da auto-libertação.
O poder magnético da alma imortal, quando desperto, purifica todos os níveis de magnetismo da aura individual, eleva o foco de consciência até o plano da vida eterna e influencia e acelera, ao mesmo tempo, o despertar de outros indivíduos. Por isso não importa a quantidade de magnetismo que alguém possui. Interessa saber se o magnetismo é correto e elevado, ou se é nocivo. Um egoísta só cria mais problemas para si e para os outros se tiver o seu magnetismo intensificado. Por outro lado, o magnetismo da sabedoria e da verdade geralmente provoca alguns obstáculos de curto prazo, porque deve desafiar as rotinas de ilusão organizada, mas produz efeitos benéficos a médio e longo prazo. Embora o magnetismo compatível com a verdade e a ética cresça muitas vezes devagar e com dificuldades, é o único que deve ser buscado intensamente. Ele pode ser encontrado em todos os níveis de consciência e ação. Ele conecta e dá coerência aos diferentes aspectos da vida.
O processo do magnetismo está ligado a um certo alinhamento das energias sutis. A ciência convencional ensina que as substâncias ferromagnéticas, isto é, sensíveis à ação de um ímã, têm diferentes grupos de átomos, chamados domínios. Dentro de cada domínio, os pólos dos átomos apontam para o mesmo lado, mas, normalmente, os diferentes domínios apontam para diferentes lados. Desse modo, suas forças magnéticas anulam umas às outras, e o objeto de ferro ou níquel que eles compõem não tem poder magnético. Porém, quando o objeto é colocado em contato com um ímã, os diferentes domínios ou grupos de átomos passam a apontar todos para a mesma direção - e, graças a esse alinhamento, o objeto todo adquire propriedades magnéticas. O sistema vital e emocional de uma pessoa funciona de modo semelhante.
O cidadão que não tem uma vontade forte alimenta desejos que apontam para lados e objetivos diferentes e contraditórios entre si. Assim, seus desejos anulam uns aos outros. O resultado disso é uma pessoa sem rumo certo, cuja dispersão magnética provoca uma perda de energia vital. Mas o cidadão magnético tem seus diferentes domínios - que reúnem os “átomos” físicos, emocionais e mentais - apontando na mesma direção. Por isso ele tem o poder de atrair para si, com força proporcional, uma certa sabedoria. Um grupo humano internamente harmonizado terá o mesmo potencial, mas com energia aumentada. Este último fato é decisivo para estudantes de filosofia esotérica, porém deve-se ter presente que harmonia interna inclui a diversidade externa, e que a uniformidade total extingue a vida magnética. Vida implica movimento.
O cosmo coloca à disposição de todos uma energia inesgotável. Poucos sabem captá-la. O caminho magnético correto consiste em desejar coisas coerentes e adequadas, aceitando com humildade as dificuldades e os desafios. Conforme a atitude do indivíduo diante da vida, o seu poder magnético aumentará ou se reduzirá. Não havendo vigilância, ele pode ficar preso a situações que apenas atrasam o aprendizado da arte de viver.
O magnetismo na aura do indivíduo se acumula em torno do desejo, da vontade e dos hábitos. O caminho espiritual é uma série de passos pelos quais o indivíduo troca situações magnéticas inferiores por situações magnéticas superiores. Devido à força magnética automática dos hábitos, não é suficiente saber o que é certo e o que é errado. O estudante deve examinar também se não está subconscientemente identificado com o magnetismo da ilusão. Isso pode ocorrer mesmo depois de reconhecer a ilusão como tal em sua consciência pensante. Robert Crosbie escreveu:
“Ninguém que vê o seu erro é um caso perdido. No momento em que vemos que estamos iludidos, neste momento já não estamos iludidos, embora ainda estejamos rodeados pelas consequências da ilusão e tenhamos que abrir caminho através delas. Todos os obstáculos e dificuldades vêm da auto-identificação com a ilusão e os erros; esta é a ilusão das ilusões.”[2]
Além de ver o que é verdadeiro e falso, é necessário renunciar ativamente ao que é falso, optando pelo verdadeiro. E isso nem sempre é fácil, porque requer o desenvolvimento magnético da vontade própria.
Quando respiramos ar puro e mantemos contato com a luz do sol, por exemplo, aumentamos e elevamos nosso magnetismo vital. A respiração curta e apressada é antimagnética, mas a respiração profunda aumenta a força pessoal. Exercícios diários de respiração, feitos ao ar livre, recarregam o organismo com prana, a força vital do cosmo. Caminhar pela natureza sem preocupações expande a vitalidade. Os exercícios físicos moderados oxigenam o corpo todo e são magnetizantes. As pessoas naturalmente magnéticas alimentam-se corretamente, não comem em excesso, trabalham com gosto e dedicação e agem com calma.
O magnetismo emocional superior aumenta quando as pessoas mantêm sentimentos elevados, evitam discórdia e praticam o desapego. A boa vontade para com todos é uma prática eficaz. Se alguém manifesta inveja e procura desprezar o seu trabalho, a pessoa magnética deixa clara a sua independência em relação a esses jogos mentais, mas não produz rancor dentro de si. Quando conhecemos nosso valor, sabemos inspirar respeito sem necessidade de agredir, e reconhecemos o que há de bom nos outros. “Viva e deixe viver” - este lema faz bem ao equilíbrio magnético de todo ser humano.
No plano mental, os indivíduos magnéticos concentram-se serena e profundamente em suas metas. Eles têm a capacidade de olhar para cada aspecto da vida desde diferentes pontos de vista. É saudável escolher temas filosóficos como objeto de estudo e leitura. Naturalmente, um ser magnético evita discussões mesquinhas porque sabe que idéias e opiniões fixas são fontes de perda energética. Sua mente está naturalmente colocada a serviço do bem através de ações construtivas. Ele tem um pensamento ágil, capaz de revisar constantemente suas premissas.
A presença do magnetismo espiritual faz com que as metas pessoais egoístas sejam abandonadas. Para quem possui essa força, é natural meditar diariamente sobre a verdade universal presente no centro de todas as coisas e no ponto central do seu próprio coração. Nesse contexto, o indivíduo tem interesse por investigar o que há além do pensamento. Ele obtém o que busca concentrando-se no vazio central da Lei do Equilíbrio [3], que dirige silenciosamente tanto a sua própria consciência como a consciência do universo. Assim o estudante deixa de querer coisas agradáveis apenas para si próprio ou no curto prazo. A partir deste momento, tanto o seu sofrimento como a sua felicidade são diferentes das formas de felicidade e sofrimento que se encontra no mundo convencional. Tal indivíduo pode fazer um ato de sacrifício, ao combater os mecanismos pelos quais se perpetua a ignorância ética e espiritual da humanidade. Assim, atrairá um grau de sofrimento para o seu eu inferior. Porém, na mesma medida, estará aumentando o magnetismo abençoado que caracteriza o plano do eu superior.
Todos os aspectos da vida estão interconectados. Quando se reúne magnetismo positivo em um determinado domínio, isso torna mais fácil preservar magnetismo nos outros aspectos.
É verdade que uma pessoa pode ter uma boa quantidade de magnetismo em determinado domínio da vida e ao mesmo tempo sofrer perdas energéticas importantes em outras áreas. Para quem trilha o caminho teosófico, esse é o processo de testes e provação. Apesar dos desafios, os seres magnéticos semeiam sentimentos de boa vontade na relação com colegas, amigos, familiares e conhecidos. Ninguém vive isolado, e o que se planta, se colherá. Esta lei funciona inclusive no plano do pensamento. Sem dúvida, em muitos casos a boa ou má colheita pode ficar para a próxima encarnação. É fato também que esta lei não funciona de modo mecânico, nem simplório, linear ou previsível. Mas a perfeição com que ela opera costuma ser infalível, como se pode constatar através dos inúmeros aspectos e processos em que o seu funcionamento é observável..
Um dos fatores mais importantes da vida magnética de todo indivíduo sábio é a capacidade de não desejar intensamente coisa alguma no plano egoísta e pessoal de curto prazo.
A ausência de desejos confusos permite reunir energia sutil. A presença de uma vontade nobre, constante e elevada é imprescindível para ter contato com a fonte da energia superior. Consciente disso, o indivíduo magnético renuncia aos desejos por objetos de pequena importância. Ele aceita o vazio no plano das coisas secundárias, porque concentrou seu interesse no que considera principal. Ele deixa de lado a busca de prazer imediato e assim é capaz de agir movido por uma intenção impessoalmente justa.
Eliphas Levi escreveu:
“O prazer é um inimigo que deve fatalmente tornar-se nosso escravo ou nosso senhor. Para possuí-lo é preciso combater e para gozá-lo é preciso tê-lo vencido. O prazer é um escravo encantador, porém, um senhor cruel, implacável e assassino. Ele cansa, esgota e mata aqueles a quem domina, depois de ter enganado todos os seus desejos e traído todas as suas esperanças”.[4]
Cada cidadão produz e guarda seu próprio magnetismo através das escolhas práticas que faz. A vontade média exercida por uma pessoa gera uma corrente magnética correspondente, que envolve e anima o seu corpo. A prática de exercícios físicos faz bem à saúde porque acumula vontade saudável nos músculos e em cada tecido do organismo. Posturas de ioga, exercícios de artes marciais, a prática da natação, caminhadas ao ar livre ou mesmo andar de bicicleta são meios de obter e concentrar vitalidade e magnetismo físico. Mas tudo o que se pensa, se quer e se faz nos planos mais sutis também reúne magnetismo correspondente nos diferentes planos ou domínios da vida. Portanto, a produção de bom magnetismo depende da formação de bons hábitos.
Os costumes de uma pessoa funcionam como pequenas centrais elétricas que geram sua energia própria. Seja através de uma hidrelétrica ou de um catavento, a eletricidade convencional é reunida por uma série de movimentos mecânicos repetidos, cuja energia é retida e transformada. Do mesmo modo, uma certa energia magnética é acumulada com a repetição das nossas pequenas atitudes costumeiras na vida diária, sejam elas físicas, emocionais ou mentais. A energia gerada por nossos hábitos talvez pareça pequena, mas isso não é verdade. Trinta minutos de estudo e contemplação diários podem fazer muita diferença depois de alguns meses. Quarenta minutos de leitura meditativa por dia são suficientes para mudar uma vida, se levarem ao fortalecimento de uma vontade espiritual associada a discernimento e bom senso.
Os hábitos fortalecem os desejos, definem o caráter e estabelecem a visão que se tem da vida. A ruptura das rotinas inúteis funciona como uma barragem que interrompe o curso de um rio de águas barrentas - e produz uma energia elétrica valiosa.
Ao ficar imóvel durante algum tempo examinando verdades universais, um fluxo antes irreprimível de hábitos físicos e emocionais dispersivos passa a ser represado, produzindo magnetismo superior.
Quando estudamos teosofia original ou filosofia clássica, não permitimos que nenhum pensamento de ordem pessoal ou dispersiva domine nossa consciência. Fazemos com que os pensamentos se concentrem uma e outra vez em um tema sagrado e abstrato livremente escolhido por nós. Aos poucos, esta postura se amplia para as 24 horas do dia, e a energia mecânica dos hábitos de pensamento é transformada em uma força eletromagnética purificada. Esta elevação constante da consciência gera Vontade espiritual e reduz gradualmente a força dos antigos hábitos de pensamento e emoção. O velho fluxo de energias gastas inconscientemente é cada vez mais transmutado, e deste modo passamos a ter mais força disponível para cada iniciativa nossa. Ganhamos uma presença mais forte e mais magnética diante dos eventos e situações da vida. Desativamos o envolvimento pessoal em situações de curto prazo, e geramos magnetismo espiritual, em torno dos temas e das realidades do eu superior.
O cérebro humano é uma estação central de conexões eletromagnéticas. Seu potencial é ilimitado. A energia que passa por ele ganha força e clareza à medida que adquirimos experiência e alguma sabedoria.
O silêncio mental, a renúncia às diferentes formas de cobiça e medo, os pensamentos corretos e uma polarização da nossa consciência em torno de fatos positivos e de realidades abrangentes são, todas, decisões e escolhas voluntárias.
Essas possibilidades estão ao nosso alcance. Elas servem para libertar-nos do sofrimento psicológico. Espírito crítico é fundamental, mas não devemos ser arrastados por ele. É oportuno colocar mais ênfase na construção do que é correto do que na destruição do que é errado. A crítica franca é importante, porque limpa o terreno sobre o qual se pretende construir. Mas devemos ser mais duros com nós mesmos do que com os outros, já que a principal construção é, sempre, a auto-construção. Toda crítica que não tenha em vista a construção do que é correto constitui uma perda e um vazamento de energia magnética. A lei da conservação da energia é a mesma lei da conservação de magnetismo.
Quando a energia vital do indivíduo está polarizada em torno do que é bom, verdadeiro e durável, nascem a confiança em si mesmo, a confiança nos outros, e a confiança na vida. Surge então o poder do entusiasmo. Uma energia sincera e solidária faz com que tudo valha a pena. O coração humano se torna simultaneamente humilde e imenso, e nele a felicidade se torna incondicional.
 Por Carlos Cardoso Aveline.